Por Cristina Boell
Estamos todos inseridos no campo da batalha humana, em plena ação transformadora. A batalha é contínua experiência, cujas situações que muitas vezes nos envaidecem, são instáveis e transitórias: posição social, fortuna, fama, alegria mentirosa, emoções superficiais, são patrimônios inseguros que nos impelem, cedo ou tarde, a penosos reparos.
Todos nós, transeuntes no orbe terrestre, fomos agraciados com recursos imprescindíveis à jornada, com a finalidade de nos elevarmos n’Aquele que é o nosso maior exemplo de luz e amor. Pois somente através dos ensinamentos do Cristo, estaremos fortalecidos e encorajados a batalhar na grande causa do bem.
Somos centelhas divinas, filhos do mesmo Pai, o qual nos ama incondicionalmente; mediante essa verdade suprema, busquemos o ponto de transformação que nos direciona à verdadeira felicidade. Lembrando que a felicidade nunca será uma meta, será sempre uma consequência — resultado de como se ganha a vida na batalha diária, e não daquilo que se tem ou na posição a que se chega.
Queridos irmãos de jornada, saibam que aqueles que buscam a verdade e a luz, através do Mestre dos mestres, irão adentrar a linha de batalha enfrentando constantes e árduos combates, já que todos nós, enquanto meros aprendizes, oscilamos ainda entre os apegos da carne e a culminância do Cristo.
Como cristãos, não fomos chamados ao repouso, e sim à árdua peleja, cujo esforço individual é imperativo divino. Neste momento, estamos todos impelidos à grande batalha, até que um dia triunfemos sobre nós mesmos, sendo finalmente merecedores da Vida Imortal.
Não obstante à contínua batalha nas inúmeras jornadas, sigamos com fé, coragem e esperança, cientes de que toda vida bem vivida tem perdas e desgostos, assim como tem vitórias e triunfos, mas o que importa, verdadeiramente, é sermos gratos por cada aprendizado.
Sigamos o Divino Modelo, sim, sigamos os passos do Cristo, certos de que esses passos nos conduzirão a um lugar de refúgio onde encontraremos o tão esperado repouso após a luta.
Assim como Jesus carregou sua pesada cruz, deixando-nos a maior lição de Divindade da história, carreguemos as nossas, com coragem e resiliência, pois na escalada até a glorificação, cada pequena cruz tem memorável importância. E naqueles momentos em que a cruz se torna deveras atroz, lembremos que não a carregamos sozinhos, pois o mesmo Pai que nos criou, nos guia e nos sustenta continuamente, através de seu imensurável amor.
Cristina Boell é trabalhadora voluntária do CECAL.

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